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Conversa e terapia.

  • Foto do escritor: Luiza de Paula
    Luiza de Paula
  • 9 de abr. de 2024
  • 2 min de leitura

Costumo pensar que conversar por si só é terapêutico. Ir para um bar, jogar conversa fora, ligar para um amigo, tudo isto tem uma função terapêutica, afinal, falar é bom. Mas qual a diferença desse tipo de conversa para um processo psicoterapêutico? Será que a mesma conversa da sessão eu não poderia estar tendo com um amigo e eu estou aqui só pagando para falar?


A resposta é sim e não. Sim, você está pagando para falar, afinal, trata-se de um serviço, uma profissão. E não, você não estaria tendo a mesma conversa. Não porque, apesar do seu amigo poder ser o melhor ouvinte de todos, o melhor confidente de todos, ele não possui especialidade para te ouvir com a afinação que um psicólogo te ouviria. O psicólogo é o outro que espera a toda sessão recolher pedaços da sua história e com isso te devolver esse quebra cabeça, a fim de que você se aproprie cada vez mais de si mesmo e possa lançar um novo olhar sobre a mesma coisa. Se trata de uma conversa sim, uma conversa única, especial, da qual tudo naquela atmosfera é em função do seu próprio cuidado. Uma atmosfera paciente e sem julgamentos, na permissão de sentir a vulnerabilidade presente no seu existir.


A conversa na terapia é paciente, é artesanal, é feita no momento de acordo com o momento. Sim, é baseada em técnica, em leitura, em métodos, em estudos e aprofundamentos. Mas ainda é artesanal no sentido de ser um trabalho feito exclusivamente para você, do que as vezes serve para um não serve para o outro. É aqui que também reside a particularidade de uma psicoterapia. Na sensibilidade de cada um. Na experiência única de cadeias de significados que faz cada um.


Um bom psicoterapeuta não pode, ou não deveria, supor uma única realidade e adequá-la a todos seus pacientes, tampouco sobrepor sua experiência pessoal em detrimento do outro, como se houvesse um único comportamento certo e errado. Isso muitas vezes acontece em uma conversa cotidiana, seu amigo lhe aconselha com base nas experiências dele, do que é melhor para ele. E tudo bem. Mas na psicoterapia, o psicólogo não deve fazer isto, não se trata de um aconselhamento porquê só quem sabe o que é melhor para você é você. As vezes isso está nebuloso e com o processo vamos soprando esta névoa. Trata-se de reunir seus significados para que você próprio consiga tomar suas decisões -decisões no sentido amplo-, responsabilizando-se pela sua existência, aproximando-se de si mesmo.



 
 

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Luiza de Paula                                                                       CRP02/25963

Psicóloga Clinica                                                          luizadepaulapsi@gmail.com

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